Maior Monitoramento para PIX e Cartão de Crédito: Como as Empresas e Profissionais Devem se Preparar

A partir de 2025, a Receita Federal intensificou a fiscalização sobre transações financeiras com novas regras que já começaram a impactar empresas e pessoas físicas. Movimentações mensais acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas, realizadas via cartões de crédito ou instituições de pagamento, agora são monitoradas de forma mais rigorosa.

Essa medida traz a necessidade de maior atenção e organização por parte dos contribuintes, pois a Receita terá acesso às movimentações financeiras para identificar possíveis inconsistências.


O Que Muda com as Novas Regras?

Agora, além de bancos tradicionais, instituições de pagamento – como carteiras digitais e maquininhas de cartão – estão obrigadas a reportar transações que excedam os limites estabelecidos.

Antes, essas operações não eram detalhadas, e muitas transações como PIX, TED e cartões não eram diretamente monitoradas. Com a nova norma, todas essas movimentações passam a ser centralizadas em uma declaração chamada e-Financeira, enviada semestralmente pelas instituições financeiras à Receita.

Importante ressaltar que essa mudança não aumenta os impostos, mas busca identificar movimentações suspeitas para evitar a sonegação fiscal.


Situações que Podem Chamar a Atenção

Esses novos padrões de monitoramento deixam claro que movimentações não justificadas podem ser alvo de questionamento. Veja alguns exemplos:

  • Profissionais autônomos que não declaram rendimentos: imagine um prestador de serviços que recebe mensalmente mais de R$ 5 mil via PIX, mas não declara esses valores. A Receita poderá identificar a divergência entre o fluxo financeiro e a declaração de imposto de renda.
  • Uso inadequado de contas pessoais para negócios: pequenos comerciantes e profissionais informais que utilizam contas pessoais para movimentar valores relacionados ao negócio também podem ser questionados, caso não justifiquem a origem dos recursos.
  • Empresas que faturam acima do limite do MEI: empreendedores que excedem o teto de R$ 81 mil anuais e tentam movimentar os valores excedentes de forma “não oficial” podem ser facilmente identificados pela Receita.
  • Divisão de despesas entre amigos ou familiares: contratos de aluguel ou despesas compartilhadas entre várias pessoas devem ser formalizados para evitar mal-entendidos. Um contrato simples pode justificar a origem e divisão dos pagamentos.
  • Um outro exemplo são os motoristas de aplicativo: se ele receber até R$ 6.750 por mês, é recomendado abrir um MEI. Se esse recebimento for maior que o limite do MEI ele deve declarar esse recebimento a maior direto no imposto de renda como ‘recebimento de outras fontes’ ou até mesmo optar por um carnê leão”.

Como Evitar Problemas com o Fisco?

A principal recomendação é manter a organização financeira e a transparência nas declarações. Pequenos ajustes podem fazer toda a diferença:

  1. Formalize suas operações financeiras, utilizando categorias como MEI, para profissionais autônomos, ou outras adequadas ao seu faturamento.
  2. Emita notas fiscais e recibos, mesmo em transações de pequeno porte.
  3. Registre todas as movimentações de forma clara, evitando usar contas pessoais para transações empresariais.
  4. Busque orientação de um contador ou especialista para garantir que todos os tributos sejam devidamente recolhidos e as declarações entregues corretamente.

Conclusão

Essas novas regras representam uma oportunidade para profissionais e empresas regularizarem sua situação financeira e evitarem problemas com o Fisco. Organização, planejamento e orientação profissional são a chave para operar com tranquilidade dentro das normas. A Gabarron está pronta para ajudar você ou sua empresa a implementar essas mudanças de forma segura e eficiente. Entre em contato conosco e organize suas finanças com quem entende do assunto!